O Verdadeiro Kipur

 

Todo israelita é instruído, desde criança, a respeito de um dia especial do ano chamado “Yom Kipur”, ou seja, “Dia da Expiação”, ou ainda, “Dia do Perdão”, sabendo muito bem o que ele significa.

É o dia do ano em que se espera que o Eterno Deus de Israel perdoe os pecados do seu povo e, para tanto, são feitos jejuns, rezas e muitos passam quase o dia inteiro na sinagoga, esperando que o Eterno leve isso em consideração para perdão dos pecados.

Mas, apesar de tudo isso ser feito e até mais, no íntimo de muitos permanece esta dúvida: “Será que estou realmente perdoado pelo Eterno?” Pois sabemos que todos os homens são pecadores aos olhos do Kadosh (O Santo de Israel), e, portanto, estão debaixo da sentença de morte decretada por Ele: “A alma que pecar, essa morrerá” (Profeta Ezequiel 18:4 e 20). E mais, sabemos que todo homem um dia terá de enfrentar face a face o Juiz – o Deus Criador dos Céus e da Terra!

Outra pergunta surge no íntimo de alguns: Qual o critério do Eterno para perdoar pecados? Haverá um modo seguro, infalível, de se obter o Kipur de pecados para sempre, para toda a eternidade?

Se quisermos a resposta verdadeira, infalível, resposta de Deus, teremos de voltar nossa atenção para o Tanach (Antigo Testamento), pois só o Tanach é a Palavra do Deus Vivo!

 

Em Tehilim (Salmos) lemos uma afirmação impressionante:

 

“Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada e cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Eterno não atribui iniquidade, e em cujo espírito não há dolo.” (Tehilim [Salmos] 32.1 e 2).

 

Como pode ser isso? Como pode o Kadosh não atribuir pecado a alguém, ou qual o critério para que Ele perdoe o pecado de alguém? Pois lemos em Tehilim [Salmos]14.3 que:

 

“não há quem faça o bem, não há nem um sequer.”

 

E ainda:

 

“Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque.” (Kohelet [Eclesiastes] 7.20).

 

Novamente se quisermos resposta do Eterno teremos que buscá-la no Tanach, no caso, na Torah o Eterno estabelece o princípio infalível, imutável, para termos expiação (Kipur) para os nossos pecados:

 

“Porque a vida da carne está no sangue. Eu vo-lo tenho dado sobre o altar para fazer expiação (Kipur) pelas vossas almas, porque é o sangue que fará expiação em virtude da vida.” (Vayicrá [Levítico] 17.11).

 

Temos aí alguma luz para a nossa questão! Deus diz que é o Sangue que faz Kipur pela vida. Por isso, a ordem do Eterno para que se oferecessem sacrifícios de animais no Beith Hamikdash (o Templo Sagrado de Jerusalém), e que o sangue fosse derramado sobre o altar para que houvesse Kipur, cobertura de pecados. E aí o homem, mesmo sendo pecador, podia ser reconciliado com o Kadosh (Santo) e ter Shalom (Paz) com o Eterno.

 

“Pois as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o Seu rosto de vós para que vos não ouça.” (Yesha’yahu [Isaías] 59.2).

 

Vemos isso de maneira mais detalhada no próprio livro de Vayicrá [Levítico], principalmente do capítulo 4 ao 6. Vejamos alguns exemplos:

 

“Quando um príncipe pecar, e por ignorância fizer alguma de todas as coisas que o Eterno seu Deus ordenou se não fizessem, e se tornar culpado; ou se o pecado, em que ele caiu, lhe for notificado, trará por sua oferta um bode sem defeito. E porá a mão sobre a cabeça do bode, e o imolará no lugar onde se imola o holocausto, perante o Eterno: é oferta pelo pecado. Então o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta pelo pecado e o porá sobre os chifres do altar do holocausto: e todo o restante do sangue derramará à base do altar do holocausto. Toda gordura da oferta, queimá-la-á sobre o altar, como a gordura do sacrifício pacífico; assim o sacerdote fará expiação por ele no tocante ao seu pecado, e este lhe será perdoado.” (Vayicrá [Levítico] 4.22 a 26).

 

E ainda:

 

“Se qualquer pessoa do povo da terra pecar por ignorância, por fazer alguma das coisas que o Eterno ordenou se não fizessem, e se tornar culpado; ou se o pecado, em que ela caiu, lhe for notificado, trará por sua oferta uma cabra sem defeito, pelo pecado que cometeu. E porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado, e a imolará no lugar do holocausto. Então o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta, e porá sobre os chifres do altar do holocausto: e todo o restante do sangue derramará à base do altar. Tirará toda gordura, como se tira a gordura do sacrifício pacífico; o sacerdote a queimará sobre o altar como aroma agradável ao Eterno; e o sacerdote fará expiação pela pessoa e lhe será perdoado.” (Vayicrá [Levítico] 4.27 a 31).

 

Portanto, para o Eterno perdoar pecados, era necessário que a Sua Justiça fosse satisfeita com Juízo sobre o infrator da lei, ou seja, o pecador. Mas Ele na Sua Misericórdia proporcionava um substituto para receber sobre si o castigo que o pecador merecia, ou seja, a morte.

O animal inocente (cordeiro, novilho, cabra ou carneiro) morria no lugar do homem pecador e o seu sangue derramado sobre o altar, perante o Eterno, cobria o pecado daquele que havia transgredido os mandamentos. E assim o Eterno lhe perdoava os pecados.

É importante lembrar que esses sacrifícios só poderiam ser feitos em um lugar: a princípio no Tabernáculo e posteriormente no Templo em Jerusalém, o lugar escolhido pelo Eterno para ali pôr o Seu Nome.

 

Vemos isso registrado em Devarim [Deuteronômio] capítulo 12.5 e 6:

 

“Buscareis o lugar que o Eterno vosso Deus escolher de todas as vossas tribos, para ali pôr o Seu Nome, e Sua habitação; e para lá ireis. A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas.”

 

E mais, em Vayicrá [Levítico] 17.3 a 9, o Eterno declara que qualquer sacrifício ou holocausto que os filhos de Israel fizessem e não trouxessem à porta da tenda da congregação diante do Eterno no Seu tabernáculo, seria sacrifício a demônios e não a DEUS.

 

Tal pessoa seria culpada e eliminada do seu povo (Vayicrá [Levítico] 17.3 a 9):

 

“Qualquer homem da casa de Israel que imolar boi, ou cordeiro, ou cabra, no arraial ou fora dele, e os não trouxer à porta da tenda da congregação, como oferta ao Eterno diante do Seu tabernáculo, a tal homem será imputada a culpa do sangue: derramou sangue; pelo que esse homem será eliminado do seu povo (…) Nunca mais oferecerão os seus sacrifícios aos demônios com os quais se prostituem: isso lhes será por Estatuto Perpétuo nas suas gerações.” (Versos 3, 4 e 7).

 

Mas sabemos que hoje não há mais templo, não há mais sacrifícios, não há mais altar para os filhos de Israel levarem o sangue das suas ofertas pelo pecado e todas as outras ofertas…

Desde o ano 70 da era comum[1] o Beit Hamikdash foi destruído por Tito, General Romano, e de lá para cá não foi reconstruído. O Deus de Israel teria deixado seu povo sem Kipur? Sem possibilidade de expiação para os pecados? Ou teria mudado Seu critério com relação ao Kipur?

Antes de tratarmos dessa questão, há um outro ponto que é necessário ser esclarecido – um princípio de justiça, da santidade do Eterno, do Kadosh, revelado na Torá:

 

“…olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por golpe…” (Shemot [Êxodo] 21.24 e 25).

 

Ou seja, o princípio do “igual por igual” ou, ainda, “vida por vida”, ou “alma por alma” (Shemot [Êxodo] 21.23 e Vayicrá [Levítico] 24.18).

 

Quando um homem pecasse deveria oferecer um animal como seu substituto, para morrer no seu lugar, pelo seu pecado. Vemos que não está perfeitamente satisfeito o princípio da justiça do Eterno que exige “igual por igual”, nem a Sua ordem que estabelece “vida por vida”! Um animal não é igual a um homem! Não se pode equiparar o valor da vida de um animal à vida de um homem aos olhos do Eterno!

Por isso, era necessário que aqueles sacrifícios fossem repetidos continuamente, ano após ano, porque eles nunca, jamais, poderiam tornar perfeitos os ofertantes, nem o sangue de novilhos e bodes podia remover definitivamente os pecados! (Apenas cobriam provisoriamente os pecados, até que viesse o Sacrifício Perfeito).

Para morrer pelo pecado do homem era necessário outro homem! Só assim estaria perfeitamente satisfeito o princípio de justiça do Eterno que exige vida por vida, igual por igual!

Mas onde achar um homem que não fosse pecador para morrer pelos pecadores? Onde achar um justo para dar sua vida em lugar dos injustos?

 

Os animais sacrificados ao Eterno deveriam ser sem defeito:

 

“Não sacrificarás ao Eterno teu Deus boi ou gado miúdo em que haja defeito ou alguma coisa má, pois é abominação ao Eterno teu Deus” (Devarim [Deuteronômio] 17.1). E ainda: “…porém todo que tiver defeito a esse não oferecereis, porque não será aceito a vosso favor” (Vayicrá [Levítico] 22.20). E mais: “…o cordeiro será sem defeito…” (Shemot [Êxodo] 12.5).

 

Assim sendo, só um homem sem pecado, tipificado pelo cordeiro sem defeito, poderia dar a sua vida como oferta pelo pecado. Mas onde achar esse homem, uma vez que o Eterno nos declara que:

 

“Não há quem faça o bem, não há nem um sequer”? (Tehilim [Salmos] 14.3).

 

Não havia na raça humana um que fosse justo, fizesse o bem e não pecasse! Assim sendo, o Eterno anunciou no Tanach que Ele enviaria o Seu Messias, O Ungido, para expiar de forma definitiva o pecado!

 

Ele, o Messias, é chamado Deus em Tehilim [Salmos] 45.6 e 7:

 

“O teu trono ó Deus é para todo o sempre; cetro de equidade é o cetro do teu reino. Amas a justiça e odeias a iniquidade; por isso Deus o teu Deus te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.”

 

Ele, o Messias, é chamado Filho do Eterno em Tehilim [Salmos] 2:

 

“Os reis da terra conspiram contra o Eterno e contra o Seu Messias (Ungido)… Eu porém constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do Eterno: Ele me disse: Tu és meu Filho eu hoje te gerei.” E ainda: “…Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho…” (versos 2, 6, 7 e 12).

 

Também em Mishlei Shlomo [Provérbios de Salomão] 30.4 podemos ler:

 

“Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas na sua roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o Seu Nome e qual é o Nome do Seu Filho, se é que o sabes?”.

 

O Messias, sendo Deus, se faria homem, e, como homem, viria habitar no meio do Seu povo!

 

É o que podemos ler em Yesha’yahu [Isaías] 9.6:

 

“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, o governo estará sobre os Seus ombros, e o Seu nome será: Maravilhoso Conselheiro Deus Forte Pai da Eternidade Príncipe da Paz.”

 

Como homem nasceria de modo maravilhoso, sobrenatural:

 

“Portanto o Eterno mesmo vos dará sinal: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel” (Yesha’yahu [Isaías] 7.14).

 

Em hebraico “Imanuel”, que significa “Deus conosco”!

 

No livro do Profeta Miquéias podemos ver a cidade onde ELE, como homem, nasceria:

 

“E tu Belém Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, cujas origens são desde os dias antigos, desde os dias da eternidade.” (Mikhah [Miquéias] 5.2).

 

Como homem, Ele nasceria em Belém, mas, como Deus, suas origens são desde a eternidade…

E finalmente, no livro de Daniel lemos o seguinte acerca dele:

 

“Depois das sessenta e duas semanas será morto o Messias (Ungido) e já não estará…” (Dani’el [Daniel] 9.26).

 

Se o Messias é Deus, como pode ser morto?! Ou, para que seria Ele morto?

O Messias reinará, de Jerusalém, sobre toda a terra, pois é o legítimo Rei de Israel, o descendente de Davi conforme as profecias. Mas as Escrituras registram que primeiro Ele teria que vir para resolver o problema principal do homem: O Pecado! É o pecado que separa o homem de D’us. É o pecado que faz com que o homem morra e, morto, permaneça eternamente separado do Eterno que é Vida e que é Santidade.

Portanto, era necessário que alguém fizesse Kipur por nós, ou que fosse nosso Kipur, de modo perfeito e definitivo. O Messias, sendo Deus, se fez homem, para como homem, santo, perfeito, sem pecado, dar a Sua vida, a Sua alma, como oferta pelo pecado, derramando o Seu próprio sangue para fazer Kipur!

 

Podemos ler isso no capítulo 53 do Profeta Yesha’yahu [Isaías]:

 

“Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Eterno? Porque foi subindo como um renovo perante Ele, e como raiz duma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado e dele não fizemos caso. Certamente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.

Mas Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Eterno fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.

Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a Sua boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha, muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a Sua boca. Por juízo opressor foi arrebatado, e de Sua linhagem quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo ele foi ferido.

Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na Sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em Sua boca. Todavia ao Eterno agradou moê-lo, fazendo-o enfermar, quando der ele sua alma como oferta pelo pecado verá a sua posteridade e prolongará os seus dias, e a vontade do Eterno prosperará nas Suas mãos.

Ele verá o fruto do penoso trabalho da sua alma e ficará satisfeito, o meu servo, o justo, com o seu conhecimento justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si. Por isso eu lhe darei muitos como Sua parte e com os poderosos repartirá o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte, foi contado com os transgressores, contudo levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercedeu”.

 

Portanto, o Messias teria de vir para ser moído por causa dos nossos pecados! E porque Ele assumiu levar sobre Si a maldição do pecado, Ele teve de morrer, pois: “A alma que pecar, essa morrerá.” (Yechezke’el [Ezequiel] 8.4 e 20). E mais, teve de ser pendurado num madeiro, pois na lei está escrito:

 

“Porquanto o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus.” (Devarim [Deuteronômio] 21.22 e 23).

 

Mas era a nossa maldição que Ele estava levando sobre Si! Ele, o cordeiro sem defeito, deu Sua vida em favor dos pecadores, derramando Seu sangue, para que estes pudessem ser justificados, ou seja, declarados justos pelo Eterno.

 

Como está escrito:

 

“Bem-aventurado o homem a quem o Eterno jamais imputará pecado” (Tehilim [Salmos] 32.2).

 

Pois o Messias morreu, uma única vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus!

Se Ele fosse apenas um homem, seu sacrifício seria válido apenas para outro homem (alma por alma). Mas sendo o Messias Deus, Ele deu Sua vida em favor de todos os homens, porém apenas no lugar daqueles que, pela fé, o aceitarem como a sua oferta pelo pecado. Como está escrito: “…contudo levou sobre Si o pecado de muitos…” e ainda: “…eu lhe darei muitos como a Sua parte…”

Há necessidade de uma aceitação pessoal do Messias e do Seu sacrifício para ter Kipur de pecados.

 

Como está escrito: “Beijai o Filho (do Eterno)[2] para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele (no Messias)[3] se refugiam” (Tehilim [Salmos] 2.12).

 

Porém o Messias não poderia permanecer morto. Ele ressuscitou, cumprindo as Escrituras (Yesha’yahu [Isaías] 53.10 e 11). Pois Ele mesmo não tinha pecado, não podendo, portanto, ser retido pela morte.

 

A seu respeito está escrito: “Pois não deixarás a minha alma na morte [Sh’ol], nem permitirás que o teu santo veja corrupção.” (Tehilim [Salmos] 16.10).

 

E porque os nossos pecados nos separam do Eterno que é vida, só o Messias pode dar Vida Eterna, a todos os que aceitam o Seu sacrifício como único modo de ter Kipur, e o invocam como sua salvação (Yeshua – em hebraico).

Finalizando, retomemos a questão de não haver mais templo nem sacrifícios atualmente. O livro de Dani’el [Daniel] no capítulo 9 nos dá uma informação precisa de quando viria o Messias. Viria no período compreendido entre a reconstrução de Jerusalém e do templo na época de ‘Ezrah [Esdras] e Nechemyah [Neemias], e sua posterior destruição no ano 70 da era comum (Dani’el [Daniel] 9.25). No verso 26 lemos uma declaração surpreendente:

 

“…depois de sessenta e duas semanas será morto (cortado) o Messias e já não estará e o povo de um príncipe que há de vir destruirá a cidade e o santuário…”

 

Ou seja, o Messias viria, morreria, ou antes, daria Sua alma como oferta pelo pecado (Yesha’yahu [Isaías] -53.10), ressuscitaria e já não estaria mais aqui na terra entre os homens, mas no céu, à direita do Todo-Poderoso, como está escrito: “Disse o Eterno ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés.” (Tehilim [Salmos] – 110.1). Depois disso o Eterno permitiria que o Beit Hamikdash fosse destruído, pois já não haveria mais necessidade de sacrifícios, uma vez que o verdadeiro e definitivo sacrifício pelos pecados já teria sido feito, o único que garante Kipur para sempre!

Os sacrifícios de animais que se ofereciam no templo segundo a lei eram apenas sombra do real. O Messias com um único sacrifício, uma vez por todas, e com o seu próprio sangue garante Kipur e Vida Eterna a todo que nele crer!

O Messias é Yeshua [Salvação], Ele é o Goel [Redentor], Ele é o Verdadeiro Kipur preparado pelo Eterno!

 

“Eis que Deus é o meu Yeshua [Salvação]; confiarei e não temerei, porque o Eterno Deus é a minha força e o meu cântico; Ele se tornou o meu Yeshua [Salvação].” (Yesha’yahu [Isaías] 12:2).

 

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande Salvação?

[1] Medida de tempo judaica alterativo a d.C. (depois de Cristo).

[2] Acréscimo do autor

[3] Acréscimo do autor

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