Que prova você tem de que Jesus é o Messias?

Que prova você tem de que Jesus é o Messias?

 

Quais são algumas das credenciais do Messias?

 

Bíblia Hebraica e os sábios judeus descrevem o Messias com mais detalhes do que muitos imaginam. A partir desses escritos, podemos saber sua origem genealógica, local de nascimento, o período de sua chegada e outras características de identificação. Essas credenciais nos permitem identificar o Messias e reconhecer impostores. Listamos apenas algumas destas credenciais abaixo; existem, porém, muitas outras. Os primeiros rabinos e sábios reconheceram todas essas passagens como se referindo ao Messias.

  • O Messias seria da tribo de Judá (Gênesis 49.10):
י  לֹא-יָסוּר שֵׁבֶט מִיהוּדָה, וּמְחֹקֵק מִבֵּין רַגְלָיו, עַד כִּי-יָבֹא שִׁילֹה, וְלוֹ יִקְּהַת עַמִּים. 10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
  • O Messias seria descendente do rei Davi (2 Samuel 7.12-16):
יב  כִּי יִמְלְאוּ יָמֶיךָ, וְשָׁכַבְתָּ אֶת-אֲבֹתֶיךָ, וַהֲקִימֹתִי אֶת-זַרְעֲךָ אַחֲרֶיךָ, אֲשֶׁר יֵצֵא מִמֵּעֶיךָ; וַהֲכִינֹתִי, אֶת-מַמְלַכְתּוֹ. 12 Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino.
יג  הוּא יִבְנֶה-בַּיִת, לִשְׁמִי; וְכֹנַנְתִּי אֶת-כִּסֵּא מַמְלַכְתּוֹ, עַד-עוֹלָם. 13 Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre.
יד  אֲנִי אֶהְיֶה-לּוֹ לְאָב, וְהוּא יִהְיֶה-לִּי לְבֵן–אֲשֶׁר, בְּהַעֲוֺתוֹ, וְהֹכַחְתִּיו בְּשֵׁבֶט אֲנָשִׁים, וּבְנִגְעֵי בְּנֵי אָדָם. 14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens.
טו  וְחַסְדִּי, לֹא-יָסוּר מִמֶּנּוּ, כַּאֲשֶׁר הֲסִרֹתִי מֵעִם שָׁאוּל, אֲשֶׁר הֲסִרֹתִי מִלְּפָנֶיךָ. 15 Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti.
טז  וְנֶאְמַן בֵּיתְךָ וּמַמְלַכְתְּךָ עַד-עוֹלָם, לְפָנֶיךָ:  כִּסְאֲךָ, יִהְיֶה נָכוֹן עַד-עוֹלָם. 16 Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre.

 

  • Messias nasceria em Belém (Miquéias 5.2):
א  וְאַתָּה בֵּית-לֶחֶם אֶפְרָתָה, צָעִיר לִהְיוֹת בְּאַלְפֵי יְהוּדָה–מִמְּךָ לִי יֵצֵא, לִהְיוֹת מוֹשֵׁל בְּיִשְׂרָאֵל; וּמוֹצָאֹתָיו מִקֶּדֶם, מִימֵי עוֹלָם. 2 E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

 

  • Messias chegaria antes da destruição do Segundo Templo (Daniel 9.24-27):
כד  שָׁבֻעִים שִׁבְעִים נֶחְתַּךְ עַל-עַמְּךָ וְעַל-עִיר קָדְשֶׁךָ, לְכַלֵּא הַפֶּשַׁע ולחתם (וּלְהָתֵם) חטאות (חַטָּאת) וּלְכַפֵּר עָוֺן, וּלְהָבִיא, צֶדֶק עֹלָמִים; וְלַחְתֹּם חָזוֹן וְנָבִיא, וְלִמְשֹׁחַ קֹדֶשׁ קָדָשִׁים. 24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo.
כה  וְתֵדַע וְתַשְׂכֵּל מִן-מֹצָא דָבָר, לְהָשִׁיב וְלִבְנוֹת יְרוּשָׁלִַם עַד-מָשִׁיחַ נָגִיד–שָׁבֻעִים, שִׁבְעָה; וְשָׁבֻעִים שִׁשִּׁים וּשְׁנַיִם, תָּשׁוּב וְנִבְנְתָה רְחוֹב וְחָרוּץ, וּבְצוֹק, הָעִתִּים. 25 Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas em tempos angustiosos.
כו  וְאַחֲרֵי הַשָּׁבֻעִים שִׁשִּׁים וּשְׁנַיִם, יִכָּרֵת מָשִׁיחַ וְאֵין לוֹ; וְהָעִיר וְהַקֹּדֶשׁ יַשְׁחִית עַם נָגִיד הַבָּא, וְקִצּוֹ בַשֶּׁטֶף, וְעַד קֵץ מִלְחָמָה, נֶחֱרֶצֶת שֹׁמֵמוֹת. 26 E depois das sessenta e duas semanas será cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
כז  וְהִגְבִּיר בְּרִית לָרַבִּים, שָׁבוּעַ אֶחָד; וַחֲצִי הַשָּׁבוּעַ יַשְׁבִּית זֶבַח וּמִנְחָה, וְעַל כְּנַף שִׁקּוּצִים מְשֹׁמֵם, וְעַד-כָּלָה וְנֶחֱרָצָה, תִּתַּךְ עַל-שֹׁמֵם.  {פ} 27 E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador.

 

  • Messias se apresentaria montando em um jumento (Zacarias 9.9)
ט  לַאדֹנָי אֱלֹהֵינוּ, הָרַחֲמִים וְהַסְּלִחוֹת:  כִּי מָרַדְנוּ, בּוֹ. 9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre, e montado sobre um jumento, e sobre um jumentinho, filho de jumenta.

 

  • Messias seria torturado até a morte (Salmo 22.1-31)
א  לַמְנַצֵּחַ, עַל-אַיֶּלֶת הַשַּׁחַר;    מִזְמוֹר לְדָוִד. 1 Ao mestre do canto; acompanhado po Aiélet Hashahar. Um Salmo por David.
ב  אֵלִי אֵלִי, לָמָה עֲזַבְתָּנִי;    רָחוֹק מִישׁוּעָתִי, דִּבְרֵי שַׁאֲגָתִי. 2 Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
ג  אֱלֹהַי–אֶקְרָא יוֹמָם, וְלֹא תַעֲנֶה;    וְלַיְלָה, וְלֹא-דֻמִיָּה לִי. 3 Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
ד  וְאַתָּה קָדוֹשׁ–    יוֹשֵׁב, תְּהִלּוֹת יִשְׂרָאֵל. 4 Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
ה  בְּךָ, בָּטְחוּ אֲבֹתֵינוּ;    בָּטְחוּ, וַתְּפַלְּטֵמוֹ. 5 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
ו  אֵלֶיךָ זָעֲקוּ וְנִמְלָטוּ;    בְּךָ בָטְחוּ וְלֹא-בוֹשׁוּ. 6 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
ז  וְאָנֹכִי תוֹלַעַת וְלֹא-אִישׁ;    חֶרְפַּת אָדָם, וּבְזוּי עָם. 7 Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
ח  כָּל-רֹאַי, יַלְעִגוּ לִי;    יַפְטִירוּ בְשָׂפָה, יָנִיעוּ רֹאשׁ. 8 Todos os que me veem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
ט  גֹּל אֶל-יְהוָה יְפַלְּטֵהוּ;    יַצִּילֵהוּ, כִּי חָפֵץ בּוֹ. 9 Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
י  כִּי-אַתָּה גֹחִי מִבָּטֶן;    מַבְטִיחִי, עַל-שְׁדֵי אִמִּי. 10 Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe.
יא  עָלֶיךָ, הָשְׁלַכְתִּי מֵרָחֶם;    מִבֶּטֶן אִמִּי, אֵלִי אָתָּה. 11 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
יב  אַל-תִּרְחַק מִמֶּנִּי, כִּי-צָרָה קְרוֹבָה:    כִּי-אֵין עוֹזֵר. 12 Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
יג  סְבָבוּנִי, פָּרִים רַבִּים;    אַבִּירֵי בָשָׁן כִּתְּרוּנִי. 13 Muitos touros me cercaram; fortes touros de Bashan me rodearam.
יד  פָּצוּ עָלַי פִּיהֶם;    אַרְיֵה, טֹרֵף וְשֹׁאֵג. 14 Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
טו  כַּמַּיִם נִשְׁפַּכְתִּי–    וְהִתְפָּרְדוּ, כָּל-עַצְמוֹתָי:
הָיָה לִבִּי, כַּדּוֹנָג;    נָמֵס, בְּתוֹךְ מֵעָי.
15 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
טז  יָבֵשׁ כַּחֶרֶשׂ, כֹּחִי, וּלְשׁוֹנִי, מֻדְבָּק מַלְקוֹחָי;    וְלַעֲפַר-מָוֶת תִּשְׁפְּתֵנִי. 16 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
יז  כִּי סְבָבוּנִי, כְּלָבִים:    עֲדַת מְרֵעִים, הִקִּיפוּנִי; כָּאֲרִי, יָדַי וְרַגְלָי. 17 Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
יח  אֲסַפֵּר כָּל-עַצְמוֹתָי;    הֵמָּה יַבִּיטוּ, יִרְאוּ-בִי. 18 Poderia contar todos os meus ossos; eles veem e me contemplam.
יט  יְחַלְּקוּ בְגָדַי לָהֶם;    וְעַל-לְבוּשִׁי, יַפִּילוּ גוֹרָל. 19 Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
כ  וְאַתָּה יְהוָה, אַל-תִּרְחָק;    אֱיָלוּתִי, לְעֶזְרָתִי חוּשָׁה. 20 Mas tu, Senhor, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
כא  הַצִּילָה מֵחֶרֶב נַפְשִׁי;    מִיַּד-כֶּלֶב, יְחִידָתִי. 21 Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
כב  הוֹשִׁיעֵנִי, מִפִּי אַרְיֵה;    וּמִקַּרְנֵי רֵמִים עֲנִיתָנִי. 22 Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
כג  אֲסַפְּרָה שִׁמְךָ לְאֶחָי;    בְּתוֹךְ קָהָל אֲהַלְלֶךָּ. 23 Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
כד  יִרְאֵי יְהוָה, הַלְלוּהוּ–    כָּל-זֶרַע יַעֲקֹב כַּבְּדוּהוּ;
וְגוּרוּ מִמֶּנּוּ,    כָּל-זֶרַע יִשְׂרָאֵל.
24 Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.
כה  כִּי לֹא-בָזָה וְלֹא שִׁקַּץ, עֱנוּת עָנִי–    וְלֹא-הִסְתִּיר פָּנָיו מִמֶּנּוּ;
וּבְשַׁוְּעוֹ אֵלָיו    שָׁמֵעַ.
25 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
כו  מֵאִתְּךָ, תְּהִלָּתִי:    בְּקָהָל רָב–נְדָרַי אֲשַׁלֵּם, נֶגֶד יְרֵאָיו. 26 O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
כז  יֹאכְלוּ עֲנָוִים, וְיִשְׂבָּעוּ–    יְהַלְלוּ יְהוָה, דֹּרְשָׁיו;
יְחִי לְבַבְכֶם    לָעַד.
27 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
כח  יִזְכְּרוּ, וְיָשֻׁבוּ אֶל-יְהוָה–    כָּל-אַפְסֵי-אָרֶץ;
וְיִשְׁתַּחֲווּ לְפָנֶיךָ,    כָּל-מִשְׁפְּחוֹת גּוֹיִם.
28 Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.
כט  כִּי לַיהוָה, הַמְּלוּכָה;    וּמֹשֵׁל, בַּגּוֹיִם. 29 Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações.
ל  אָכְלוּ וַיִּשְׁתַּחֲווּ, כָּל-דִּשְׁנֵי-אֶרֶץ–    לְפָנָיו יִכְרְעוּ, כָּל-יוֹרְדֵי עָפָר;
וְנַפְשׁוֹ,    לֹא חִיָּה.
30 Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma.
לא  זֶרַע יַעַבְדֶנּוּ;    יְסֻפַּר לַאדֹנָי לַדּוֹר. 31 Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração.

 

  • A vida de Messias corresponderia a uma descrição particular, incluindo sofrimento, silêncio em sua prisão e julgamento, morte e sepultamento no túmulo de um homem rico, e ressurreição (Isaías 52.13-53.12):
יג  הִנֵּה יַשְׂכִּיל, עַבְדִּי; יָרוּם וְנִשָּׂא וְגָבַהּ, מְאֹד.   13 Eis que o meu servo procederá com prudência; será exaltado, e elevado, e mui sublime.
יד  כַּאֲשֶׁר שָׁמְמוּ עָלֶיךָ רַבִּים, כֵּן-מִשְׁחַת מֵאִישׁ מַרְאֵהוּ; וְתֹאֲרוֹ, מִבְּנֵי אָדָם.   14 Como pasmaram muitos à vista dele, pois o seu parecer estava tão desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura mais do que a dos outros filhos dos homens.
טו  כֵּן יַזֶּה גּוֹיִם רַבִּים, עָלָיו יִקְפְּצוּ מְלָכִים פִּיהֶם:  כִּי אֲשֶׁר לֹא-סֻפַּר לָהֶם, רָאוּ, וַאֲשֶׁר לֹא-שָׁמְעוּ, הִתְבּוֹנָנוּ.  {ס}   15 Assim borrifará muitas nações, e os reis fecharão as suas bocas por causa dele; porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.

 

  מִי הֶאֱמִין, לִשְׁמֻעָתֵנוּ; וּזְרוֹעַ יְהוָה, עַל-מִי נִגְלָתָה. 1 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
ב  וַיַּעַל כַּיּוֹנֵק לְפָנָיו, וְכַשֹּׁרֶשׁ מֵאֶרֶץ צִיָּה–לֹא-תֹאַר לוֹ, וְלֹא הָדָר; וְנִרְאֵהוּ וְלֹא-מַרְאֶה, וְנֶחְמְדֵהוּ. 2 Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
ג  נִבְזֶה וַחֲדַל אִישִׁים, אִישׁ מַכְאֹבוֹת וִידוּעַ חֹלִי; וּכְמַסְתֵּר פָּנִים מִמֶּנּוּ, נִבְזֶה וְלֹא חֲשַׁבְנֻהוּ. 3 Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
ד  אָכֵן חֳלָיֵנוּ הוּא נָשָׂא, וּמַכְאֹבֵינוּ סְבָלָם; וַאֲנַחְנוּ חֲשַׁבְנֻהוּ, נָגוּעַ מֻכֵּה אֱלֹהִים וּמְעֻנֶּה. 4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
ה  וְהוּא מְחֹלָל מִפְּשָׁעֵנוּ, מְדֻכָּא מֵעֲוֺנֹתֵינוּ; מוּסַר שְׁלוֹמֵנוּ עָלָיו, וּבַחֲבֻרָתוֹ נִרְפָּא-לָנוּ. 5 Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
ו  כֻּלָּנוּ כַּצֹּאן תָּעִינוּ, אִישׁ לְדַרְכּוֹ פָּנִינוּ; וַיהוָה הִפְגִּיעַ בּוֹ, אֵת עֲוֺן כֻּלָּנוּ. 6 Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
ז  נִגַּשׂ וְהוּא נַעֲנֶה, וְלֹא יִפְתַּח-פִּיו, כַּשֶּׂה לַטֶּבַח יוּבָל, וּכְרָחֵל לִפְנֵי גֹזְזֶיהָ נֶאֱלָמָה; וְלֹא יִפְתַּח, פִּיו. 7 Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
ח  מֵעֹצֶר וּמִמִּשְׁפָּט לֻקָּח, וְאֶת-דּוֹרוֹ מִי יְשׂוֹחֵחַ:  כִּי נִגְזַר מֵאֶרֶץ חַיִּים, מִפֶּשַׁע עַמִּי נֶגַע לָמוֹ. 8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
ט  וַיִּתֵּן אֶת-רְשָׁעִים קִבְרוֹ, וְאֶת-עָשִׁיר בְּמֹתָיו; עַל לֹא-חָמָס עָשָׂה, וְלֹא מִרְמָה בְּפִיו. 9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
י  וַיהוָה חָפֵץ דַּכְּאוֹ, הֶחֱלִי–אִם-תָּשִׂים אָשָׁם נַפְשׁוֹ, יִרְאֶה זֶרַע יַאֲרִיךְ יָמִים; וְחֵפֶץ יְהוָה, בְּיָדוֹ יִצְלָח. 10 Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
יא  מֵעֲמַל נַפְשׁוֹ, יִרְאֶה יִשְׂבָּע–בְּדַעְתּוֹ יַצְדִּיק צַדִּיק עַבְדִּי, לָרַבִּים; וַעֲוֺנֹתָם, הוּא יִסְבֹּל. 11 Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará sobre si.
יב  לָכֵן אֲחַלֶּק-לוֹ בָרַבִּים, וְאֶת-עֲצוּמִים יְחַלֵּק שָׁלָל, תַּחַת אֲשֶׁר הֶעֱרָה לַמָּוֶת נַפְשׁוֹ, וְאֶת-פֹּשְׁעִים נִמְנָה; וְהוּא חֵטְא-רַבִּים נָשָׂא, וְלַפֹּשְׁעִים יַפְגִּיעַ.  {פ} 12 Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

 

Em relação à linhagem, local de nascimento, tempo e estilo de vida, Jesus correspondeu às expectativas messiânicas das Escrituras Hebraicas.

O registro deste cumprimento deve ser encontrado nas páginas do Novo Testamento. Mas vários outros fatores se combinam para comprovar ainda mais a Messianidade de Jesus.

 

Se Jesus nunca tivesse afirmado ser o Messias, por que nos incomodaríamos em tentar provar que ele era?

 

Em primeiro lugar, ele alegou ser o Messias! Quando uma mulher lhe disse: “Eu sei que Messias está vindo”, ele respondeu: “Eu quem fala com você sou ele” (João 4:25-26). Naturalmente, isso não prova nada de um jeito ou de outro. Mas se Jesus nunca tivesse afirmado ser o Messias, por que nos incomodaríamos em tentar provar que ele era? Sua própria reivindicação estabelece as bases para o resto das evidências.

 

Se essas “credenciais” nas Escrituras Hebraicas são tão claras, por que a maioria dos judeus não acreditava em Jesus?

 

Para entender isso, é preciso perceber que, na época de Jesus, a esperança messiânica havia se tornado muito politizada na mente das pessoas. Eles estavam buscando libertação da tirania de Roma. Embora as Escrituras falassem tanto dos sofrimentos quanto das vitórias do Messias, o aspecto vitorioso tornou-se superior nas mentes das pessoas comuns por causa da dominação romana. Esta visão “desequilibrada” do Messias permaneceu em muitos judeus, e a politização da esperança messiânica continuou até hoje.

Isso não quer dizer que todos os judeus rejeitaram as reivindicações de Jesus. Pelo contrário, todos os primeiros seguidores de Jesus eram judeus. Na verdade, os rabinos da época e depois estavam bem cientes das muitas profecias messiânicas que os cristãos alegavam terem sido cumpridas em Jesus. Assim, por exemplo, embora os rabinos talmúdicos concordassem que Isaías 53 era uma profecia sobre o Messias, no período medieval a pressão daqueles que aplicavam essa profecia a Jesus era tão grande que Rashi, um dos maiores estudiosos bíblicos medievais, reinterpretou o capítulo e disse que se referia à nação de Israel. Essa interpretação é mantida hoje por muitos estudiosos judeus, embora só remonte à Idade Média.

 

O que torna Jesus diferente dos outros que alegaram ser o Messias?

 

Houve falsos messias ao longo da história judaica. Entre os mais proeminentes estavam Bar Kokhba, que liderou uma revolta contra Roma (132-135 d.C.) e Shabbetai Zevi, um messias autoproclamado do século XVII.

Durante a revolta de Bar Kokhba, uma das figuras mais famosas da história judaica, rabino Akiva, o proclamou como “Rei Messias”. Infelizmente, Bar Kochba, Akiva e milhares de judeus foram mortos em 135 d.C. quando os romanos invadiram a fortaleza de Betar.

Shabbetai Zevi, por outro lado, era um messias auto-proclamado. Florescendo na Europa do século XVII, o movimento shabbate se espalhou entre o povo comum e os rabinos. Mas quando Shabbetai Zevi foi preso em 1666 pelo sultão da Turquia, ele se converteu ao Islã em vez de enfrentar a morte. Já estivemos tragicamente errados antes, por isso não é surpreendente que provas concretas sejam procuradas por acreditar em Jesus.

 

A vida de Jesus está em forte contraste com as dos falsos messias.

 

A vida de Jesus está em forte contraste com as dos falsos messias, e é uma demonstração positiva do que esperaríamos que o Messias fizesse. Jesus realizou muitos milagres de cura, trazendo a integridade para a vida das pessoas, perdoando pecados e restaurando relacionamentos. Em contraste com Shabbetai Zevi, por exemplo, Jesus cumpriu a Lei de Moisés como um judeu devoto. E ao contrário de Bar Kokhba, embora Jesus tenha morrido, ele também foi ressuscitado!

 

Jesus ressuscitou dos mortos.

 

A ressurreição é uma evidência adicional, e talvez seja a mais convincente das reivindicações de Jesus. O estudioso israelense Pinchas Lapide escreveu um livro que não atraiu pouca atenção na comunidade judaica. Em A Ressurreição de Jesus: Uma Perspectiva Judaica. Lapide argumentou que a ressurreição de Jesus está bem dentro do reino da possibilidade. Afinal, ele argumentou, as Escrituras Hebraicas dão uma série de relatos de pessoas voltando à vida. Por que também não Jesus? Lamentavelmente, Lapide não nota que a ressurreição de Jesus é descrita em termos que vão muito além das ressuscitações das outras histórias. Ele não consegue lidar com o fato de que Jesus previu sua própria ressurreição, que justificava suas reivindicações ao Messias.

Ao longo da história, as pessoas explicaram a ressurreição como não-histórica (“Isso nunca aconteceu”) ou como não-sobrenatural (“É assim que poderia ter acontecido”). Mas essas explicações não foram bem-sucedidas. Analise as possibilidades você mesmo e veja qual faz mais sentido. As autoridades romanas roubaram o corpo de Jesus da tumba? Então por que não reagiram quando a notícia se espalhou de que Jesus havia ressuscitado? Ou talvez os discípulos tenham roubado seu corpo. Mas, poderia tal sustentação explicar a mudança na atitude deles? Três dias antes, estavam desiludidos, tal como idealistas derrotados que esperavam que Jesus inaugurasse uma nova ordem mundial. Poderia uma mentira, que eles sabiam ser uma mentira, agora explicar sua esperança, ousadia diante da perseguição oficial, e coerência frente aos altos padrões éticos que eles estabeleceram?

Talvez Jesus nunca tenha morrido; talvez ele apenas desmaiou na cruz e reviveu na tumba. Essa ideia foi popularizada no livro O Enredo da Páscoa de Hugh J. Schonfield. Infelizmente, o autor ignorou o fato de que os romanos perfuraram o lado de Jesus, o que certamente o teria matado. Além disso, havia um contingente de soldados romanos vigiando a tumba, bem como uma enorme pedra que bloqueou sua entrada. Não havia como um Jesus ressuscitado, ter escapado, e, em seguida, convencido centenas de testemunhas oculares céticas de que ele havia vencido a morte para sempre! Ou foi tudo uma alucinação? Deve ter sido uma alucinação e tanto ser visto por tipos muito diferentes de pessoas, em diferentes períodos do dia, e em lugares diferentes. Você pode ser capaz de enganar uma pessoa, mas você pode enganar 500 que o viram ao mesmo tempo? E, ao contrário das alucinações, essas aparições do Jesus ressuscitado pararam tão repentinamente quanto começaram, 40 dias após a ressurreição ter ocorrido.

A única explicação satisfatória é que a ressurreição realmente ocorreu, assim como o registro diz. E se for esse o caso, é uma razão sólida para aceitar o Messianidade de Jesus.

 

Jesus transforma a vida das pessoas.

 

Porque ele oferece expiação pelo pecado e reconciliação com Deus, Jesus traz paz, alegria e propósito para a vida das pessoas. À parte da fé nele, não há base para a verdadeira paz ou direção, pois, como diz o salmista, “o homem está alienado desde o ventre”. Que essa alienação seja curada pelo ministério reconciliador de Jesus é a experiência comum daqueles que acreditam nele.

Entre a evidência objetiva da Bíblia Hebraica e do Novo Testamento, e a verificação subjetiva em nossas próprias vidas – pensamos que há ampla evidência de que Jesus era quem afirmava ser!

 

Extraído de: https://jewsforjesus.org/answers/what-proof-do-you-have-that-jesus-is-the-messiah em 08/06/2021

Talmidei HaMashiach – Discípulos do Messias

תלמידי המשיח

Talmidei HaMashiach

Discípulos do Messias

 

 

Todos os discípulos são servos do Messias, portanto, resgatados, comprados por bom preço. Yeshua/Jesus é nosso Senhor, ou seja, nosso dono e proprietário, pertencemos a quem nos conquistou.

Ser “Servos do Messias” é muito mais do que um título bonito, pois em última análise diz respeito a paixão – morte. Morremos para nós mesmos para vivermos para o nosso Goel/Redentor (Gl.2:20).

 

Discipulado

Discipulado é o processo de compartilhamento de tudo o que temos recebido do Messias com outros irmãos, que desejam copiosamente um estado de maturidade, de comunhão íntima com Deus e de serviço eficiente na sua comunidade; é ainda, uma caminhada de discípulos maduros junto aos discípulos neófitos, com o sublime propósitos de levá-los ao crescimento do conhecimento e da prática da fé (Cl.1:28-29).

David Stern coloca nos seguintes termos a relação do discípulo e de seu mestre: “o relacionamento entre o talmid (discípulo, aluno) e o rabino (discipulador, mestre) era muito próximo; o talmid não aprendia com o rabino apenas fatos, processos de raciocínio e como realizar práticas religiosas; deveria considerá-lo exemplo a ser imitado na conduta e no caráter (v. Mt.10:14,15; Lc.6:40; Jo.13:13-15; 1Co.11:1). O rabino, por sua vez, era considerado responsável pelos talmidim-discípulos (Mt.12:2; Lc.19:39; Jo.17:12; Mt.5) (STERN, 2010, p.1588).

 

Contexto Bíblico Judaico do Discípulo

O apóstolo João estava inserido em um contexto bíblico judaico do discipulado. Para tanto, faz-se necessário compreendermos os dois vocábulos hebraicos para o termo “discípulo” usado no Tanakh (AT):

 

  1. Limud (aquele que é ensinado) derivado do verbo Lamad – aprender; ensinar. Esse vocábulo traz a ideia de treinar, bem como de educar. Isaías usou o termo “discípulos” para se referir àqueles que eram ensinados ou instruídos. Isaías 8:16 “Liga o testemunho, sela a lei entre os meus discípulos”.

 

  1. Talmid (estudante, discípulo). Só uma passagem do AT emprega esta palavra. 1 Crônicas 25:8 “E deitaram sortes acerca da guarda igualmente, assim o pequeno como o grande, o mestre juntamente com o discípulo”. Na época do apóstolo João, o mestre da Lei era chamado rabino talmid, e seus alunos eram conhecidos como talmidim, isto é, aprendizes. Entretanto, num outro sentido, todo o Israel era constituído de talmidim, aprendizes da Torá (lei, instrução) de Deus. O nome do Talmud Judaico provém desta raiz (HARRIS, ARCHER, WALTKE, 1998, p.790-791). Encontramos assim o contexto de discipulado de João, o apóstolo do Messias.

 

Rabbi e Talmid

 

Rabbi, em hebraico significa literalmente “meu grande”, comumente traduzido por meu mestre, ou simplesmente mestre. Do grego ‘epistatês “supervisor, superintendente, inspetor, líder, chefe”, ou como em Lucas 5:5 “Mestre”; didaskalos, “professor”. O Rabbi é um mestre dos valores e costumes dos judeus; e como tal, tinha autoridade para julgar ou arbitrar e decidir pontos da lei e ética na vida das pessoas (Lucas 12:13-14; Êxodo 2:14). A essência do relacionamento (discipulador-discípulo) era a confiança em cada área da vida, e seu objetivo era fazer o talmid como seu mestre em conhecimento, sabedoria e comportamento ético (STERN, 2008, p.48). O resultado era  uma relação pessoal e íntima entre mestre e discípulo para uma sólida e profunda transmissão do conhecimento, de forma teórica e prática. O rabbi deveria ter a disciplina do professor, o amor do pai e o exemplo do mestre. Enquanto do talmid era esperado dedicação total ao aprendizado,  além é claro de seguir o seu mestre.

 

A Escolha do Discípulo

Na época do Senhor Jesus e seus apóstolos havia várias escolas rabínicas de formação de discípulos, como temos vários seminários teológicos hoje e as Yeshivot (“Seminários Judaicos” de estudos da Torá e do Talmud), porém duas se destacavam entre todas, as escolas dos Rabinos Hillel e Shammai.

A escola do Rabino Hillel se destacava por sua interpretação mais dinâmica e contextualizada da Torá. Uma linha mais popular e liberal de interpretação da Lei. Já a escola do Rabino Shammai era mais rigorosa na observância da Lei de Deus para Israel, mais literalista por assim dizer.

 

A Escola de Yeshua/Jesus

Geralmente há nos meios acadêmicos judaicos messiânicos e cristãos gentios uma discussão sobre qual escola o Senhor Yeshua/Jesus teria frequentado, a de Hillel, como Paulo o apóstolo (segundo alguns), ou a de Shammai.

Acredito que o Senhor Yeshua/Jesus não frequentou nem uma nem outra, embora haja algumas similaridades de seu ensino em algum aspecto com ambas as escolas existentes.

Jesus não frequentou a escola de Hillel ou a de Shammai pelo forte argumento de que ele seguiu a linha, ou “escola” dos profetas de Israel, tendo assim, total isenção da especulação humana agindo diretamente na revelação divina, como era o caso dos profetas do Senhor.

Nisto se dá a diferença da escolha dos discípulos. Na época do Senhor Yeshua/Jesus os discípulos é quem escolhiam seus mestres e suas escolas rabínicas.  No caso dos discípulos de Yeshua/Jesus, eles foram escolhidos um a um pelo próprio Mestre, após uma vigília de oração, provavelmente para esse fim (Mateus 4).

Como exemplo disso no Tanakh (AT) vemos o caso do profeta Elias com Eliseu (1 Reis 19:16,19-21).

 

Ser Discípulo

Discípulo era a palavra favorita do Messias para àqueles cuja vida estava intimamente ligada à dele. É encontrada 261 vezes nos Evangelhos e em Atos, e significa: pessoa “ensinada” ou “treinada”. O discípulo é: “um aluno, aprendiz ou seguidor”.

 

            Há uma definição para discípulo do Messias baseada no evangelho de João:

 

  1. Discípulo é alguém que está envolvido com a palavra de Deus de maneira contínua, João 8:31 “Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”.

 

 

  1. Discípulo é o que ama os outros, João 13:34-35 “Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. (13:35) Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”.

 

  1. Discípulo é alguém que permanece diariamente em união frutífera com seu Mestre, João 15:5-8 “Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer. Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.

 

À semelhança de um recém-nascido, o novo discípulo é chamado por João de “filhinhos” com suas necessidades básicas (1Jo.2:1,12,18,28; 3:7,18; 4:4; 5:21). Vejamos quatro delas: amor, alimentação, proteção e ensino.

O apóstolo João exemplificou essas necessidades em sua vida e seus escritos dirigidos pelo Espírito Santo aos seus filhinhos na fé.

Ser discípulo do Messias implica em:

 

Amar

Há na primeira epístola de João três porções sobre o amor:

  1. a) amor versus ódio (1Jo.2:7-11);
  2. b) amor fraternal (1Jo.3:10-18) e,
  3. c) amor divino (1Jo.4:7-21).

 

Cabe destacar o imperativo de mutualidade sobre amar em 1 João:

  1. 1 João 3:11 -) “que nos amemos uns aos outros”.
  2. 1 João 4:7 -) “amemo-nos uns aos outros”.
  3. 1 João 4:11 -) “devemos amar uns aos outros”.

 

Alimentar

Alimentar através da Palavra de Deus (1 João 2:3-7) e o guardar seus mandamentos (v.5). O contato diário com a Palavra de Deus vai levar o discípulo do Messias a andar em seus passos (v.6). Por isso, o abecedário do discípulo começa com “o-be-de-cer”.

 

Proteger

  1. Proteção contra os apóstatas (1 João 2:18-19).
  2. Proteção contra os falsos profetas (1 João 4:1-6).

 

Pregar e EnsinarKerigma e Didakê

Pode-se dizer que no tempo dos apóstolos, havia duas formas de proclamação do Evangelho conhecidos pelos seguintes vocábulos gregos: kerigma e didakê. O kerigma era a pregação evangelística da mensagem de salvação, visando os de fora da comunidade do Messias (Mc.12:41; 1Co.2:4;15:14). O didakê era o ensino e a instrução para os neófitos (Mc.4:2; 12:38; Jo.7:16-17), visando a maturidade doutrinária dos discípulos.

A pregação e o discipulado além de estar unicamente baseada nas Sagradas Escrituras, devem andar de mãos dadas para que sejamos verdadeiros discípulos do Messias.

Segue de forma prática o propósito do discípulo do Messias, por meio da fala do pastor John MacArthur Jr. em seu livro: Nossa Suficiência em Cristo (Cap.7 Hedonismo Religioso), sobre o testemunho de um judeu que ouviu a pregação da Palavra de Deus em uma igreja evangélica. O qual relato aqui, com minhas palavras: “o pastor conta que um homem o procurou em seu escritório dizendo que precisava de ajuda. Havia frequentado um culto em que o pastor MacArthur pregou sobre ser “Entregue a Satanás” e que se existia alguém entregue a Satanás esse alguém era ele. Compartilhou com o pastor que tinha abandonado a esposa e que estava com uma amante, mas que não gostava dela e sim da sua esposa, que era médico e que em sua clínica praticava abortos, que se sentia culpado e precisava de ajuda, mas, para piorar ele era judeu, e portanto, não acreditava em Jesus. O pastor John MacArthur pegou a Bíblia Sagrada e deu ao médico judeu e disse que ali havia um livro chamado evangelho de João e que depois que ele lesse e descobrisse quem era Jesus era para ele voltar. O médico saiu com a Bíblia e uma semana depois voltou a se encontrar com o pastor e disse que havia descoberto quem era Jesus – o Filho de Deus. Como ele havia descoberto isso, perguntou o pastor. O médico respondeu que ninguém pode falar ou fazer o que ele fez se não for Deus (essa é a conclusão do livro de João 20:30-31), e falou ainda que  continuou lendo, e que descobriu que era um pecador através do livro de Romanos. O homem reconheceu Yeshua/Jesus como o Messias prometido a Israel e seu Goel/Redentor pessoal, fechou a clínica de aborto, deixou a amante e voltou para sua esposa.

Que sejamos discípulos do Messias Yeshua/Jesus!


Por Alexandre B. Dutra
Pastor, Bacharel em Teologia, Mestre em Letras - Estudos Judaicos (USP),
Diretor dos Amigos de Sião e Professor [convidado] do Instituto Tsadik BaEmunah
03/03/2021

 

Se Jesus é o Messias

Se Jesus é o Messias

 

 

 

Por que todo o sofrimento do mundo? Por que não existe uma paz real e duradoura? Por que todas as perseguições em nome de Jesus? Por que os rabinos não acreditam nele? Por que ele não diz isso?

 

Há uma resposta para cada uma dessas perguntas, se você estiver interessado. Claro, se você está apenas tentando refutar as afirmações de Jesus, nenhuma resposta o satisfará. Mas se você é um buscador da verdade, disposto a aceitar a verdade onde ela for encontrada (mesmo que seja Jesus), você não continuará a ler?

 

 

Por que todo o sofrimento no mundo?

 

Por que não? Vivemos em um mundo de causa e efeito, e o pecado (transgressão) causa sofrimento. Se o pecado não tivesse sido introduzido no mundo desde o início, não haveria doença ou fome, e a dor seria desconhecida. Para colocar um fim no sofrimento, o problema do pecado deve ser resolvido – e é por isso que Yeshua (Jesus) veio. A respeito do sofrimento, Jesus disse: “No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33).

 

 

Por que não existe uma paz real e duradoura?

 

A paz que Jesus oferece está disponível agora para qualquer judeu ou gentio que o aceite. É uma paz para o seu coração. Claro, a maioria das pessoas é pela paz mundial, mas a paz duradoura começa dentro das pessoas, uma de cada vez. Jesus diz: “Minha shalom (paz) vos dou; não a dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.” (João 14:27).

 

 

 Por que todas as perseguições em nome de Jesus?

 

A perseguição contra indivíduos e grupos de pessoas foi realizada sob muitas bandeiras: a bandeira da justiça e da moralidade, a bandeira da liberdade, a bandeira de um mundo melhor. O fato de também ser realizado sob a bandeira do Messias Jesus é apenas mais um indicador de como as pessoas justificam seus atos injustificáveis.

 

 

Por que os rabinos não acreditam nele?

 

Alguns sim. Mas seus status na comunidade judaica cessam nesse ponto e eles não são mais rabinos. A grande maioria dos rabinos não acredita em Jesus pela mesma razão que você. Considerar as afirmações de Jesus verdadeiras significa arriscar relacionamentos importantes, bem como admitir que todo o seu conhecimento, ações nobres e boas intenções não são suficientes para tornar um relacionamento com o Criador possível.

 

 

Por que ele não diz isso?

 

Apesar do que você pode ter ouvido, ele fez. Você pode ler as próprias palavras de Yeshua no Novo Testamento. Veja Mateus 16: 15-57, João 4: 25-26 e João 11: 25-27. Esperamos que você verifique por si mesmo.

 

Se você achar essas respostas perturbadoras, saiba que não é nossa intenção. Entendemos que a verdade nem sempre é confortável ou conveniente; mas é, bem… a verdade.

 

Portanto, se essas respostas falam com você, nós o convidamos a falar com Deus. Porque se Jesus é o Messias, você não deve a si mesmo descobrir?

 


Susan Perlman  é Diretora de Parceria de Judeus por Jesus e trabalha com agências missionárias com ideias semelhantes, congregações messiânicas, igrejas, associações e instituições teológicas com o propósito de estabelecer parcerias estratégicas para que possam fazer mais para abençoar os judeus com as boas novas de Yeshua do que sozinhos. Ela também atua como primeira assistente do diretor executivo David Brickner. Uma das co-fundadoras do Judeus por Jesus, Susan também faz parte da Equipe de Liderança Executiva. Este artigo foi originalmente publicado aqui.

 

Artigo publicado pelo Instituto Tzadik BaEmunah com autorização da autora. Thanks Susan!

 

Traduzido por:

Mariana Reis, é brasileira, tem 24 anos, é tradutora voluntária do INSTITUTO TZADIK BAEMUNAH, reside atualmente em Annapolis, Maryland  – MD, USA. Thanks Mari!

O Messias na Criação

O Messias na Criação

 

 

“Desde o tempo da Criação, é feita menção constante na Bíblia Hebraica sobre o Messias e a esperança messiânica de Israel. ‘O Espírito de Deus moveu-se sobre as faces das águas’; o espírito de Deus significa o Messias” (Midrash – Gênesis Rabá, 23).

 

Um dos Treze Princípios de Fé estabelecido por Maimônides contempla a vinda do Messias, o anseio por sua chegada é parte fundamental do viver judaico, isto é um dogma básico do judaísmo. De fato, a Bíblia Hebraica coloca a pessoa do Messias em posição de destaque cujas profecias a seu respeito é a coluna dorsal que sustenta toda narrativa dos profetas ao longo do Tanach[1].

Como bem-dito pelos sábios neste Midrash[2], a presença do Messias remonta ao princípio. Na Brit Hadashá[3], Yochanan (discípulo de Yeshua) também apresenta o Messias como alguém presente no processo criacionista dos céus e da Terra, porém ele vai além e associa o Messias não apenas ao Espírito que se movia sobre a face das águas, mas ao próprio Deus Criador, ele diz:

“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez” (Brit Hadashá, Yochanan 1.1-3).  

Semelhantemente a Yohanan, Shaul (também discípulo de Yeshua) traz o mesmo ensinamento: “Contudo, para nós há um só Deus, o Pai, de quem procedem todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Yeshua, o Messias, por meio de quem foram criadas todas as coisas e de quem recebemos o ser”. (1 Coríntios 8.6; ver também Hebreus 1.2).

Não obstante Moshê registra na Torá que a criação teve origem à partir da Palavra do Eterno: Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Bereshit[4] 1.3); “E disse Deus: Haja firmamento no meio das águas e separação entre águas e águas” (Bereshit 1.6); “Disse também Deus: Haja luzeiros no firmamento dos céus…” (Bereshit 1.14); “Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;” (Bereshit 1.26). De fato, foi por meio de sua Palavra que o Eterno se revelou ao povo de Israel e às comunidades gentílicas, é através de sua Palavra que ele revela seus mandamentos, é através de sua Palavra que ele executa sua vontade aqui na terra.

O Dr Michael Brown, judeu messiânico, traz uma informação que pode nos ser de grande valia na compreensão do termo “Palavra do Eterno”:

“Os rabinos levaram esse conceito ainda mais além. Uma vez que Deus era visto, de certa forma, como “intocável”, foi necessário que se providenciasse uma conexão entre o Eterno e sua criação terrena. Uma das conexões mais importantes na literatura Rabínica era “a Palavra”, conhecida em aramaico como Mimrá (da raiz hebraica “dizer” [אמר] – a raiz usada em todo relato da Criação, em Gênesis 1, quando disse e o mundo material veio à existência). Podemos encontrar esse conceito da Mimrá centenas de vezes nos targumím aramaicos, ou seja, nas traduções e paráfrases da Bíblia Hebraica que eram lidas nas sinagogas antes, durante e depois da época de Yeshua”.[5]

Vejamos alguns exemplos interessantes:

B’reshit 1.27 – Deus criou o homem.

Targum: A Palavra do Eterno criou o homem (Targum Pseudo-Yonatán).

B’reshit 15.6 – E Abrão acreditou no Eterno.

Targum: E Abrão acreditou na Palavra do Eterno.

Sh’mot[6] 25.22 – E no tempo marcado estarei ali.

Targum: E lá, enviarei minha Palavra a você.

 

Observem agora este verso da Torá e a versão do Targum:

B’reshit 28.20-21 – “Ya’akov fez um voto: ‘Se Deus for comigo e me guardar na estrada pela qual viajo, der-me pão para comer e roupas para vestir, para que eu volte para a casa de meu pai em paz, então ADONAI será meu Deus”.

Targum: Se a Palavra do Eterno for comigo […] então a Palavra do Eterno será meu Deus.

A Palavra do Eterno será o Deus de Jacó! Notem que a Mimrá (Palavra) do Eterno não representava uma simples “coisa”, antes, tratava-se de alguém.

Assim sendo, Yochanan movido pelo Espírito de Deus nos revela que a Mimrá do Eterno, ou seja, o Logos (grego), a Palavra que por meio dela tudo veio a existir é o próprio Messias, Yeshua, que mais tarde viria para habitar entre nós.

Como disse Menachem M. Brod: “ Sem Mashiach, criação e Torá não têm sentido”.[7]

 


Por Romualdo Santos
Pastor, docente, vice presidente do Instituto Tzadik Baemunah e diretor administrativo executivo da Editora Davar. 
Romualdo, é parte do time responsável pela gestão e desenvolvimento de parcerias estratégicas que dá suporte a Diretoria
do Instituto Tzadik BaEmunah e da Editora Davar.


[1] Acróstico que significa: Torá = Pentateuco; Neviim = Profetas; Ketuvim = Escritos, ou seja, o Antigo Testamento.
[2] Derivado do radical darash que significa pesquisar, investigar, Midrash é uma exposição dos versículos da Torá feitos pelos sábios judeus.
[3] Termo em hebraico que significa “Nova Aliança ou Pacto”. É o Novo Testamento.
[4] Gênesis
[5] Veja maiores explicações sobre o conceito da Mimrá nos targumim no livro “Respondendo Objeções Judaicas contra Jesus”; Editora Davar; Autor Michael L. Brown. 
[6] Êxodo
[7] BROD M. Menachem, “OS DIAS DE MASHIACH, p.25, ed. CHABAD.

 

 

Rabino Joseph Teichman

Rabino Joseph Teichman

Nascimento: —
Morte: junho de 1988.

Joseph Teichman nasceu e cresceu como o filho de um rabino ortodoxo na cidade de Nova York, nos EUA. Ele seguiu os passos do pai e também foi ordenado rabino ortodoxo. No entanto, diferentemente de seu pai, Joseph concluiu os estudos de doutorado em psicologia.

Quando percebeu que não conseguia mais crer na tradição rabínica, ele passou para a vertente judaica conservadora. Sua esposa, porém, recusou-se a deixar a comunidade ortodoxa. Enquanto Teichman mudou-se para a Califórnia e foi nomeado rabino da sinagoga de Fresno, ela permaneceu no Brooklin com os filhos.

Depois de um tempo, o rabino Teichman mudou-se para Reno, em Nevada, a fim de assumir o cargo de líder da sinagoga conservadora local. E uma vez que vivia no eterno país das possibilidades, ele acabou se tornando o melhor amigo do líder de uma congregação messiânica. Seu amigo, com a ajuda de outros messiânicos, mostrou-lhe que as profecias do Tanach acerca do Messias apontam para Yeshua, o que o impulsionou a investigar o assunto por si mesmo. Sua pesquisa levou-o à decisão de abraçar a fé em Yeshua como o Messias de Israel e seu Salvador pessoal.

Conforme estudava a Nova Aliança, ele crescia e se desenvolvia na fé. Às vezes, dirigia-se à congregação messiânica local, em segredo, para ouvir os estudos. Mas tirando isso, ele mantinha a fé em Yeshua para si mesmo, com muita cautela.

Certo dia, ele decidiu marcar uma reunião urgente com Moishe Rosen, fundador da organização Jews for Jesus (Judeus por Jesus), em São Francisco. A impressão era que Joseph estava sob muito estresse, pois como liderava a sinagoga em Reno, não conseguia compartilhar a sua fé em Yeshua com a congregação. Além disso, ele não tinha certeza do que deveria fazer: pedir demissão ou explicar à congregação sobre Yeshua.

O rabino confessou para Moishe Rosen que, por quase dois anos, ele vinha lutando com aquele mesmo problema, o qual começou a desgastá-lo. Na verdade, ele encontrou alívio — até certo ponto — ao confessar sua fé em Yeshua para outro judeu, tirando, assim, o peso dos ombros. Depois de alguns meses, nos quais Teichman visitou Moishe Rosen, ele começou a entender que tinha o dever de falar sobre a sua fé em Yeshua, como o Messias judeu, aos membros da sinagoga. E ele sabia qual seria o resultado: o término imediato de seu ofício e de sua carreira como rabino; algo que influenciaria não apenas o seu status pessoal, social e financeiro, mas também toda a sua família. Ciente das sanções que poderia sofrer, ele não conseguiu se abrir para os membros da sinagoga. Por causa do medo, manteve sua fé em segredo.

Questionado sobre o que fazia quando as pessoas da sinagoga o procuravam buscando conselhos espirituais, ele respondeu que era inundado por tristeza e angústia, pois sabia que o Messias era o único que poderia resolver seus problemas.

Muito embora tenha mantido sua fé em segredo, ele encontrou meios para falar de Yeshua, o Messias, às ovelhas do seu pastoreio. O rabino Joseph Teichman é um dos muitos exemplos de perseguição que os judeus messiânicos, em Israel e no mundo todo, sofrem às custas de ultra-ortodoxos fanáticos, apenas porque sua fé é diferente. Perseguições desse tipo também existem nos dias de hoje, e podem incluir violência (tanto verbal quanto física), humilhações públicas e até mesmo tentativas de homicídio — tudo isso em nome de D’us e com a aprovação de rabinos.1


Notas

1. O texto original hebraico pode ser encontrado em https://igod.co.il/יהודים-משיחיים/עדויות-רבנים/הרב-יוסף-טייכמן/.

Rabino Dr. Kaufmann Kohler

Rabino Dr. Kaufmann Kohler

Nascimento: Baviera, Alemanha, 1843.
Morte: Nova York, EUA, 1926.

A conferência religiosa que foi realizada em parceria com a Feira de Chicago, em 1893, trouxe consigo representantes de religiões e credos diferentes, de diferentes partes do mundo. Entre eles, havia um grande número de rabinos da Europa e da América.

Um dos palestrantes foi o Dr. Kaufmann Kohler, o expoente do Judaísmo Reformista mais conhecido da época. Em seu discurso, cujo tema era “A Sinagoga e a Igreja”, o rabino apresentou evidências de que o Judaísmo e o Cristianismo possuem muitas semelhanças entre si. Vejamos, a seguir, um trecho de seu discurso no que tange à personalidade de Yeshua:

“Os rabinos cometem um grave erro quando comparam Yeshua de Natséret1 a Rabí Hilel ou a Fílon, o proeminente filósofo judeu de Alexandria. Yeshua não pertencia a nenhuma vertente; ele era ‘um do povo’. Nele, o ideal dos rabinos essênios2 sobre amor e irmandade atingiram um novo patamar.

Assim como Yochanan, o Imersor3,  Yeshua sentia-se atraído, pelo poder do amor divino, aos menos afortunados dentre o seu povo. Uma vez que era cheio de verdadeira grandeza, ele se relacionava tanto com pastores de ovelha quanto com pecadores e cobradores de impostos — justamente aquelas pessoas que os rabinos essênios consideravam uma ameaça, cujo caminho as levaria para o Inferno, e com as quais, portanto, evitavam qualquer tipo de contato, com medo de serem contaminados por elas. Yeshua, por sua vez, comia e bebia com eles, dizendo:

‘Eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel’; ‘Os sãos não precisam de médico, mas sim os doentes’; ‘Ai de vós, escribas e fariseus (isto é, os rabinos de então), hipócritas! Porquanto limpais o exterior do copo e do prato, mas o interior está cheio de roubo e lascívia’; ‘Bem profetizou Isaías, o profeta, acerca de vós, hipócritas, conforme está escrito: Este povo Me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de Mim; seu temor para Comigo não passa de um mandamento ensinado por homens’ (cf. Isaías 29:13); ‘Porquanto abandonais os mandamentos de D’us para manter a tradição dos homens’.

Essas são as palavras de um profeta, de um reformador destemido.

Com essa mesma ousadia, fruto de um amor verdadeiro que trazia pecadores de volta a D’us, Yeshua também defendeu uma mulher que, aos olhos dos rabinos, era apenas um instrumento nas mãos de Satán para conduzir o homem ao pecado, rompendo, assim, as amarras que tornava a mulher tão solitária.

Com liberdade de espírito, ele despedaçou os grilhões das ‘leis do Shabat’4,  ao dizer: ‘O Shabat foi feito para o homem, e não o homem para o Shabat’.

Estamos diante do maior pensador de todos; uma personalidade grandiosa, um gênio religioso. Não há – para o nosso povo, de modo geral, e para os líderes judeus, de forma específica – nenhum motivo para odiar o mestre mais humilde e mais admirável de todo Israel.

Não podemos negar que o ideal de vida manifestado nos seguidores de Yeshua é único em termos de excelência e de grandiosidade. Por trás de todos eles, encontra-se uma cativante personalidade do amor e da bondade; uma personalidade mais amada e mais exaltada do que qualquer outra na humanidade: Yeshua. Toda a grandeza do ‘filósofo grego’ e do ‘judeu santo’ está amalgamada, harmoniosamente, naquele que morreu na cruz.

Nenhum padrão de moral, nenhum livro de estudo ou religião consegue causar uma impressão tão profunda como a pessoa de Yeshua, que se posta, como nenhum outro, entre a Terra e os portões do Paraíso, igualmente próximo aos homens e a D’us.

Se ele foi o representante ideal da irmandade essênia? Não! Ele foi a materialização da “irmandade” de toda a raça humana. Yeshua – o amparador dos necessitados, amigo dos pecadores, irmão de todos os que sofrem, consolador dos desafortunados, amante da humanidade, libertador da mulher – ganhou e conquistou o coração dos homens.

De que valeu o orgulho filosófico dos sábios e a corrupção religiosa dos rabinos e sacerdotes em um mundo que estava faminto por D’us e sedento pela redenção do pecado e da crueldade? Aquele era o tempo de Yeshua, maduro para uma revolução social – para a Era Messiânica -, quando o soberbo seria humilhado e o humilde, exaltado. Yeshua, o mais modesto de todos os homens, aquele que, como nenhum outro, é execrado pela nação judaica, foi exaltado e assentou-se sobre o ‘trono de glória’ do mundo, tornando-se o rei de toda a Terra”.

Essas foram as palavras de um respeitado doutor e rabino judeu, o qual, diferentemente da grande maioria dos rabinos ortodoxos, decidiu ler a Nova Aliança por si mesmo, apaixonando-se pela pessoa de Yeshua. Em seu discurso, ele desmantelou aquela noção ultrapassada que muitos rabinos tentam atribuir ao Messias judeu, Yeshua.5


Notas

1. viz. Nazaré (נצרת).
2. Confira o livro זיכרון ונשייה: סודן של מגילות מדבר יהודה, da Dra. Rachel Elior, professora da Universidade Hebraica de Jerusalém, bem como suas palestras em vídeo מי כתב את המגילות הגנוזות e מי דחק את מגילות מדבר יהודה לתהום הנשייה ומדוע, ambas publicadas no YouTube, onde ela refuta, de uma vez por todas, a atribuição da comunidade de Qumran — e, por conseguinte, dos Pergaminhos do Deserto da Judeia (viz. Manuscritos do Mar Morto) — aos essênios. Assista, também, à palestra em vídeo היו נשים בחורבת קומראן? על קברים ומגילות, do Dr. Eyal Regel, professor da Universidade Bar-Ilan.
3. viz. João, o Batista (יוחנן המטביל).
4. Note que Yeshua nunca foi contra o Shabat — longe disso! — , mas sim contra as tradições rabínicas, em forma de decretos normativos, que afastavam as pessoas do cerne desse belo mandamento.
5. O texto original hebraico pode ser encontrado em https://igod.co.il/יהודים-משיחיים/עדויות-רבנים/הרב-דר-קאופמן/.